segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Para ninguém em especial:


Não tenho o menor intuito de ser escritora algum dia. Não tenho espírito de poeta. Não tenho uma mente tão criativa assim. Acontece que ultimamente tenho tido uma vontade imensa de desabafar, de expor meus sentimentos mais íntimos, minha dor.
Se eu gritasse bem alto, será que alguém me ajudaria? Não posso gritar. Não posso falar pra ninguém. Tenho que encarar esses sentimentos sozinha e sozinha também tenho que superá-los. Vai passar.
Só é impressionantemente ruim a sensação de impotência diante da vida. Querer tanta coisa e saber que tudo está tão longe das nossas mãos. Eu sei que jamais serei capaz de mudar o mundo, mas o meu mundo, pelo menos esse, gostaria muito de ter o poder de mudar. Nem isso posso.
Tenho que me acostumar a conviver com sentimentos novos. Talvez nem sejam tão novos assim, a presença deles já está virando rotina. Solidão, carência, tristeza, saudade... Ai a saudade... Saudade de tanta coisa. Saudade daquele momento que valeu por todos. Saudade daquele olhar que mostrava a verdade. Saudade daquele sorriso que me abriu o mundo. Saudade daquele abraço que falava mais do que nós mesmos. Saudade do cheiro. Saudade da pessoa que me fez acreditar que sim, sonhar seria possível.
Agora já vejo que é tudo bobagem, nada passou de um sonho. Nada foi de verdade. Tudo só existiu na minha cabeça. Os sonhos seriam perfeitos se não fossem sonhos.
Preciso parar de sonhar com o impossível porque só em sonhar, já está na cara que não vai ser. Preciso seguir em frente e viver mais a minha vida e menos o sonho. Viver muito menos o sonho.

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