sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Para você que não vejo há tanto tempo:


Já se passou tanto tempo desde a última vez que nos vimos que já preciso até fazer força para me lembrar dos pequenos detalhes. Aquele dia, justamente naquele dia, nem sei descrever a sensação de te reencontrar.
É sempre assim quando te vejo. Não sei o que dizer. Não sei o que fazer. Não sei se finjo que não te vi. Não sei se sou simpática ou se sou fria. Não sei. Nunca sei como agir quando estou perto de você.
O fato é que naquele dia você estava lá. Sem nada combinado. Um dia qualquer no meio da semana. Você estava lá. Tão lindo. Tão feliz. Você fez um comentário na hora em que me viu e daria tudo para saber o que era. Era bom ou ruim? Qual a sensação? Existe alguma sensação?
Se existe destino para alguma coisa na vida, não teria a menor dúvida em dizer que naquele dia, aquela situação era nosso destino. Tudo teve um encaixe perfeito e a noite era mesmo para ser nossa. E de fato foi.
Acontece que você, com a mesma rapidez com que aparece, também some. E some sem deixar sinal. Some e me faz ter certeza que nada significa nada. Bobagem minha esperar algo. Bobagem minha esperar por um depois. O depois nunca existiu para nós dois. Quer dizer, nunca existiu para você. Em mim sempre ficou uma saudade imensa.
Você tem noção disso? Você faz idéia da saudade que sinto do seu sorriso, do seu abraço que parece maior que o mundo, do seu olhar misterioso, da sua pele e seu cheiro tão seu, do seu beijo que até hoje não consegui achar nenhum que chegasse perto, faz idéia? Você não é capaz nem de imaginar. É muito maior que eu. É algo que me tira o sono. E se durmo, acordo sonhando com o impossível que seria nós dois. Juntos. Sempre.
E os dias foram passando e agora já são tantos. Hoje sou eu quem não quero te ver só pra não me maltratar tanto. Não quero sentir de novo essa sensação de não saber. Não saber de nada. Não quero. O que eu queria mesmo era você. Queria e ainda quero tanto que você nem imagina a dimensão. É melhor continuar assim. Você procurando em tantas, ninguém. Eu procurando em poucos, alguém.
Deixa que continue assim até quem sabe o inesperado tão esperado surja de novo. E você apareça e desapareça. Mais uma vez. E fique só a saudade. Mais uma vez.

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